Em 2021, o governo para justificar a venda da estatal saiu espalhando Fake News sobre os Correios, a ponto de dizer que a empresa passava dificuldades financeiras, mas a verdade veio à tona. Desde o ano de 2013, com a utilização de diferentes ferramentas contábeis, inclusive com o provisionamento de recursos (lançamento de despesas futuras como se fosse atuais), as contas da ECT sempre eram lançadas nos balancetes como prejuízo.
De 2017 para cá, mesmo com toda a maquiagem feita pelo governo, não havia mais como esconder que a estatal é lucrativa. Logo, as manobras tinham apenas um objetivo: depreciar a empresa para justificar sua venda a preço inferior para o capital privado. Já em 2017, o resultado líquido foi positivo em R$ 667 milhões, com queda nos anos seguintes, porém em 2020, saltou para R$ 1,53 bilhão. Apesar de apresentar lucros ano a ano, 2013 foi o último exercício que gerou pagamento da Participação nos Lucros e Resultados (PLR).
Em 2020, o mundo enfrentou diversas dificuldades devido à pandemia do COVID-19, ainda assim, o salto da lucratividades dos Correios foi impressionante, chegando em 2021 com incrível aumento de 101% sobre o ano anterior, cravando R$ 3,7 bilhões, ou seja, o maior lucro em 11 anos.
Portanto, não se iluda, pois a gestão dos Correios sempre manipulou os balancetes, segundo seus próprios interesses. Enquanto isso, as condições mínimas de meio ambiente do trabalho desgastam a saúde dos trabalhadores, empurram a muitos para outras áreas de atuação, reduzem o quadro de funcionários e aumentam o descontentamento da população. O verdadeiro sucateamento em favor da privatização.