Há cerca de 1 mês e meio começaram, em Brasília, as discussões sobre o plano de saúde entre os representantes dos trabalhadores e da ECT. A representação dos trabalhadores na Comissão Paritária buscava, dentre outros assuntos, viabilizar debates para manter as garantias conquistadas pelos Ecetistas ao longo de décadas de lutas.
A empresa ainda não entendeu isso, pois o único discurso dos dirigentes dos Correios é manter a ideia de impor mensalidades aos empregados como única alternativa para o que eles chamam de crise na estatal. A Fentect e representações sindicais intensificam a mobilização nas bases, sem abrir mão de lutar contra o ataque frontal aos direitos da categoria.
Para tentar impedir qualquer mobilização dos trabalhadores, a estratégia da empresa, mais uma vez, foi apostar no ‘Primeira-Hora’. Nesse sentido, em 29 de novembro, a empresa reproduziu para os empregados as mesmas propostas rejeitadas pelos representantes dos trabalhadores na mesa paritária.
Segundo o documento lido em todas as unidades do Brasil, o Correios comparou a realidade ecetista a outras bem diferentes para induzir os empregados a aceitarem a cobrança de mensalidades no plano.
Sem detalhar, a ECT suprime da comparação a média salarial dos beneficiários dos planos CASSI (Banco do Brasil) e GEAP (Servidores Federais) que ganham entre R$ 5.000,00, e R$ 9.000,00.
Ou seja, para sacrificar você vale a pena comparar aos melhores empregos do país. Para te beneficiar, porém, oculta-se informação, está sempre em crise ou a empresa vai quebrar. E para te convencer dessas mentiras, o ‘Primeira-Hora’ é a ferramenta mais eficiente da ECT contra empregados e seus familiares!
• REFRESCANDO A MEMÓRIA
Pelo menos mais três exemplos resumem o quanto a manipulação propagada via ‘Primeira-Hora’ tem gerado consequências desastrosas para os empregados dos Correios. Primeiro: a transformação do Postalis em Postalprev resulta em prejuízo superior a de 6 bilhões para contribuintes. Segundo: o acordo trianual deixa Ecetistas sem PLR há dois anos. Terceiro: a privatização, camuflada em discurso de reestruturação, poderá resultar em demissões, caso não haja resistência do trabalhador.