Na gestão do
presidente da ECT, Giovanni Corrêa Queiroz, os trabalhadores foram
surpreendidos com a divulgação da TABELA
DE REDUÇÃO DE DESPESAS DOS CORREIOS. Nove ações bem detalhadas, na prática
significavam a maior onda de ataques aos direitos dos trabalhadores. Em menos
de dois anos, mesmo com a mudança do presidente da empresa, pouco a pouco, sem
muito alarde as ações foram implantadas.
O primeiro alvo foram os atendentes comerciais, talvez pela
maioria não fazer greve ou sequer
reclamar das péssimas condições de trabalho. A empresa entendeu que colocá-los no
topo da lista, não chamaria atenção. De fato não chamou, ainda que o SINCOTELBA
tenha feito centenas de setoriais nas agências, alguns acharam que era conto da
“Carochinha”, apenas pressão do sindicato.
Com um nome pomposo, Otimização
da rede de atendimento, o esquema tinha as seguintes ações: 1- Fechamento de agências próprias. 2-
Substituição de agências próprias por agências “volantes” (com
desmobilização de LTRs). 3- Fechamento de agências aos sábados. 4- Automação do
atendimento. 5- Reclassificação de agência. 6- Redução de horário de
atendimento. 7- Racionalização de backoffice. 8- Extinção de caixas de coleta e
de caixas postais. 9- Revisão da matriz de prazos. 10- Redimensionamento de
efetivo e 11- PDV para ajuste de quadro.
Os ataques da
empresa na campanha salarial 2017/2018, são apenas frutos da famigerada tabela
de redução de despesas, quem não se lembra pode comparar apenas o item 5 (despesas
com pessoal) dizia: 1- Revisão ACT. 2-
Revisão do plano de funções (quantidade). 3- Redução do efetivo administrativo (iniciando
com a devolução dos cedidos) e aposentado no PDV (existem cerca de 3.300 aposentados na
distribuição do total de 12.300). 4-
Redução de jornada de trabalho para 6 horas, na distribuição. 5- Limites
para liberação de dirigentes sindicais. 6-
Reavaliação de benefícios. 7- Proposição de ações de controle, prevenção e
redução do índice de absenteísmo. 8-
Revisão dos procedimentos administrativos para motivação de desligamento sem
justa causa. 9- Revisão do PCCS (cargo único). 10- Revisão do PCCS/2008
para alinhamento ao novo modelo organizacional. 11- Análise das ações
trabalhistas objetivando apresentar proposição de medidas para redução de ações
judiciais relativas a gestão de pessoas. 12-
Análise das contas de pessoas (folha de pagamento) e auditoria com vista a
melhoria com gasto com pessoal. 13- Revisão dos critérios para concessão de
ATP (limitar mais). 14- Regularização do efetivo deslocado (explícito e
implícito) em todo o Brasil. 15-Adequação do PCCS à política de execução
indireta de serviços, aprovada na 13ª REDIR de 2014 e na 4ª ROCA de 2014. 16- Implantação do Ponto eletrônico em
todas as unidades dos Correios.
A empresa declarou guerra aos
trabalhadores, e nós precisamos responder com a maior greve de todos os tempos
e fazer o Brasil acordar da inércia.