A privatização das empresas públicas não é a melhor solução encontrada para produzir recursos e reduzir a dívida interna e externa do Brasil. Apesar da má gestão, os Correios é uma empresa pública que se mantém exclusivamente com as receitas que arrecada, diferente das demais estatais que dependem dos recursos injetados pelo governo federal para continuarem de portas abertas.
Os políticos, em geral, desconhecem os Correios e são seduzidos pelos lobistas que representam o capital privado, assim o discurso da privatização se multiplica e é reproduzido pelos partidos políticos. Os prejuízos da ECT são consequências das retiradas constantes de dividendos pelos governos. Isso vai além do que a lei determina, das improbidades administrativas, das atuações de políticos que brincaram de gestores e da própria corrupção dos partidos.
Hoje o sucateamento e a falta de investimento em tecnologias e na estrutura física das unidades deixam a empresa com aspecto de velha e abandonada. Apesar das contas anualmente serem aprovadas, não existe explicação para a alta reserva no pós emprego, principalmente quando a expectativa de vida no Brasil é baixa. Mesmo com tudo isso, segundo o presidente da instituição, Carlos Fortner, o déficit já está minimizado neste momento. Isso prova que a empresa é altamente lucrativa e com um pouco de boa vontade e gestão séria ela pode voltar a dar lucros.
Ao invés de privatizar ou extinguir os Correios, o novo governo deve dar espaço para os funcionários de carreira, fazer concurso público para reduzir o déficit de funcionários, colocar mais carteiros nas ruas e melhorar a estrutura das unidades, criar novos serviços e fidelizar as empresas públicas, tornando os Correios o operador oficial do governo em todas as esferas do poder