O apoio à luta da categoria ecetista vai além das paredes do Congresso Nacional, em Brasília. No Rio Grande do Sul, no dia 9 de junho, representantes dos trabalhadores dos Correios e o secretário geral da FENTECT, José Rivaldo da Silva, participaram da audiência Pública na Assembleia Legislativa do estado. Promovida pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS) e com o objetivo de debater o Projeto de Lei 7683-17, a ocasião também foi propícia para levantar os problemas enfrentados na estatal, como o fechamento de agências, falta de mão de obra e ameaça de privatização.
O projeto em questão, da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Correios, dispõe sobre a fidelização dos serviços postais pelos órgãos públicos federais da administração direta e indireta. O tema também foi destacado pelo secretário geral da federação, que denunciou a preferência do governo federal em atuar junto à empresas privadas. Estima-se que o governo gasta anualmente mais de R$ 40 bilhões no segmento e apenas 23% é de atuação dos Correios.
José Rivaldo ressaltou o assédio moral do presidente da ECT, Guilherme Campos. “Se os trabalhadores não abrirem os olhos, poderão sofrer o golpe da privatização. É importante irmos às ruas apoiar a greve geral e denunciar o que está acontecendo nos Correios”, alertou.
Unidade em SP
Nessa segunda-feira (12), em São Paulo, o secretário de finanças da FENTECT, Geraldo Francisco Rodrigues, e representantes dos sindicatos de Santos, Campinas, da capital e Bauru também participaram de uma nova audiência pública em defesa dos Correios, no estado. O presidente dos Correios, Guilherme Campos, foi convidado, mas não compareceu ao debate.
De iniciativa da deputada estadual Leci Brandão (PCdoB-SP), a audiência foi realizada na Assembleia Legislativa de São Paulo. De acordo com a parlamentar, os serviços dos Correios são essenciais à população e garantem o direito à comunicação postal em todo território brasileiro. “No entanto, ultimamente as administrações da Empresa, passaram a alegar dificuldades finance
iras e déficits orçamentários para justificar a retirada de direitos dos trabalhadores e também da população, diminuindo a frequência e o alcance dos serviços das agências. Isso gera prejuízos principalmente aos usuários, mas também aos trabalhadores dos Correios”, disse.
A FENTECT orienta os sindicatos para que permaneçam com o debate nos respectivos estados, levando a situação dos Correios ao conhecimento dos parlamentares e da população. Neste momento de fragilidade pela qual passa o Brasil, com fortes ameaças aos direitos de cada trabalhador, é importante que a luta seja permanente, dentro e fora da estatal. Estão em jogo o direito à comunicação acessível a milhões de brasileiros, em mais de 5 mil municípios atendidos no país, e o emprego de mais de 117 mil ecetistas.
Fonte: FENTECT