Os trabalhadores da Bahia em assembleia realizada no dia 14/03, aprovaram greve de 24 horas do dia 15/03/17 em adesão à greve geral a ser
deliberada pelas centrais sindicais, e em defesa do nosso plano de saúde e das
condições de trabalho.
A FENTECT destaca e apóia a deliberação dos sindicatos na 40ª Plenária Nacional da FENTECT, realizada nos dias 26 e 27 de janeiro, quando firmaram acordo para atender ao chamado das centrais sindicais para o Dia Nacional de Paralisação, na próxima quarta-feira, 15 de março. Essa data marca a luta da classe de trabalhadores contra as Reformas Trabalhista e da Previdência.
Pauta própria dos Correios
As batalhas pontuais nos Correios, contra o DDA, CDD Virtual e OAI, por condições de trabalho, por exemplo, além das arbitrariedades e ataques ao plano de saúde da categoria serão denunciadas.
A privatização da ECT, que possui mais de 350 anos de serviços à sociedade, e o sucateamento da empresa também são destaques para a mobilização. O pouco investimento nos Correios, gastos evitáveis e o repasse de parte das reservas financeiras para o governo federal proporcionou problemas operacionais e administrativos na empresa. A conta está sendo jogada para os (as) trabalhadores (as) e a população pagar.
De acordo com a CGU, os Correios não tomaram medidas para evitar a dilapidação do patrimônio. Inúmeras agências correm o risco de serem fechadas, o que pode afetar a vida dos cidadãos de muitas localidades onde essa é a única instituição presente. Trata-se de uma privatização velada.
Com o processo de Distribuição domiciliária alternada (DDA) o prazo de entrega das correspondências foi ampliado, o que prejudica a eficiência e a rapidez do serviço. A medida afetará ainda mais esse segmento, já ameaçado pelo avanço tecnológico.
Além do ataque direto aos usuários dos Correios, os trabalhadores (as) são constantemente ameaçados com planos de demissão, redução do efetivo sem contratação, sobrecarga de trabalho, transferências arbitrárias, entre outras. O ataque ao plano de saúde é prioridade para o atual governo, que alega prejuízo financeiro.
A crise é a argumentação para efetivar as retiradas de direitos dos (as) ecetistas, porém, na contramão do discurso deficitário a ECT continua realizando patrocínios e possibilitando funções gratificadas, para satisfazer os aliados partidários.
Reforma Previdenciária
Para piorar a situação dos (as) trabalhadores (as) dos Correios e de todo o Brasil, caso as reformas propostas pelo governo federal sejam aprovadas, os danos serão drásticos. Com a Reforma Previdenciária, por exemplo, o tempo de contribuição para aposentadoria será 49 anos – atualmente, são 35 anos para os homens e 30 para as mulheres. Além disso, não haverá acúmulo de pensões e aposentadorias e será vetado aos aposentados continuar trabalhando. Também acaba com as aposentadorias especiais, como a de eletricistas, trabalhadores (as) rurais e professoras, o que, consequentemente, inviabilizará o projeto de aposentadoria especial para carteiros e operadores de triagem nos Correios.
Reforma Trabalhista
A reforma trabalhista é tão prejudicial quanto a previdenciária e propõe a redução do descanso do almoço e o aumento da jornada de trabalho. Ressalta-se, ainda, o ataque aos sindicatos. Dessa maneira, o (a) trabalhador (a) já explorado (a) não terá recursos para protestar e lutar por direitos. Recentemente, a imprensa divulgou a crítica do presidente da Câmara Federal, Rodrigo Maia, à existência da justiça do trabalho.
Cada categoria do serviço público e das estatais brasileiras vai para as ruas dar o grito contra as atrocidades dos pacotes de mudanças promovidas pelo governo federal. A palavra-chave é união. Para aqueles que esperam se aposentar e para os que desejam qualidade de vida, além do trabalho, essa é a hora de dar toda atenção à causa trabalhista, que segue em jogo.
Dos sindicatos filiados à FENTECT, 24 confirmaram assembleias para adesão à paralisação da próxima semana, como Acre, Amapá, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, e também nas regiões de Juiz de Fora e Uberaba (MG), Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima, Rio grande do Sul, Santa Catarina. Em São Paulo, os sindicatos de Ribeirão Preto, São José do Rio Preto, Santos e Vale do Paraíba também confirmaram. Somente os sindicatos de Alagoas, Amazonas, Mato grosso, Paraná, Sergipe, Campinas (SP), não confirmaram adesão à greve organizada pelas Centrais sindicais.
(Fonte – FENTECT)