O “termômetro” de pressão dos trabalhadores sobre a ECT na campanha salarial é a presença em massa da categoria nas assembleias. Quanto mais lotadas, mais informações chegam aos trabalhadores e, com isso, aumenta a pressão sobre os representantes da empresa. Como já dizia a militante anarquista Voltairine de Cleyre: A classe trabalhadora tem de aprender, que seu poder está [..] na capacidade de parar a produção.
INSPIRAÇÃO
Em março de 2014, os garis do Rio de Janeiro denunciaram ao mundo a exploração a que estavam submetidos e os baixos salários pagos pela prefeitura. Com míseros R$ 803,00 por mês, em pleno carnaval, os trabalhadores colocaram nas ruas da “cidade maravilhosa” o bloco da luta por dignidade para exigir aumento de salários e benefícios!
Na ocasião, tiveram que lutar contra os ataques vindos da estrutura de proteção da elite e do capital: a justiça burguesa, o estado (representado pela prefeitura) e a “grande mídia” (Globo e cia). A ameaça de demissão também foi superada com a união dos trabalhadores. Oito dias após o início da greve, com intensas mobilizações e apoio da sociedade, a categoria derrotou o prefeito, a Globo e a justiça. As reivindicações dos garis foram atendidas e o aumento chegou a 37%, além de benefícios.
SÓ A LUTA MUDA A VIDA!
Neste sentido, podemos e devemos lutar para avançar nas conquistas e dizer não à retirada de direitos.
Diante do senário de ataques da ECT, a união de ott’s, carteiros, atendentes, administrativos e até gestores será decisiva contra as afrontas apresentadas pela empresa, que, entre outras maldades, visa:
1. Redução da quantidade do vale refeição/alimentação: para quem recebe 26 querem diminuir para 23 e para quem recebe 30 para 27.
2. Fim do parcelamento de férias;
3. Exclusão do Vale-Peru;
4. Aumento do compartilhamento do empregado em relação ao Ticket de 0.5 para 5%;
5. Exclusão da cláusula do RI para motorizados;
6. Fim do Anuênio;
7. Mudança do dia de pagamento para o 5° dia útil;
8. Exclusão da cláusula da entrega matutina;
9. Exclusão do vale cultura;
10.Reduzir de 7 para 6 anos a idade limite para concessão do benefício do reembolso creche/babá
11. Exclusão da cláusula do Ticket em caso de afastamento;
12.Exclusão de dependentes pais / mães do plano de saúde.
Diante dessa provocação, o Sincotelba reforça a necessidade dos trabalhadores lotarem as assembleias nos dias 6 e 14 de setembro. Lembrem-se, a luta contra a privatização e redução dos direitos já começou e sua participação será decisiva para nossa vitória.