Numa
investida pesada contra os trabalhadores, a direção da ECT apresentou, no
último dia 07 de novembro, pedido de suspensão da mediação do Tribunal Superior
do Trabalho (TST) em relação ao plano de saúde. A surpreendente greve
deflagrada pelos ecetistas na campanha salarial nocauteou a empresa. Foi a postura
dos trabalhadores em se manterem firmes na paralisação contra a retirada de
direitos e contra o pagamento de mensalidade no plano de saúde que garantiu a
manutenção a reedição das cláusulas do acordo coletivo por mais um ano.
Os
trabalhadores não podem cair na conversa fiada do presidente dos Correios que
usa o déficit como justificativa para onerar o plano de saúde. A representação da empresa quer empurrar nos
contracheques as consequências da má gestão, visível nos altos salários dos
funcionários da Postal Saúde, aluguéis em prédios luxuosos e valores
exorbitantes com administração de um plano que nasceu apenas nasceu para ferrar com as
vidas dos titulares, beneficiários e das entidades credenciadas, enquanto
alguém enche os bolsos e a conta bancária.
Sob a
alegação de que a proposta não foi submetida para avaliação nas assembleias, os
defensores da mensalidade esquecem que o
jurídico da Fentect pediu a renovação do prazo dado pelo TST e esclarecimento
sobre muitos pontos duvidosos para daí colocar em votação. Os dirigentes da ECT
querem empurrar uma proposta que beneficia apenas quem ganha altos salários,
retira pai e mãe do plano, determina o pagamento de mensalidades e aumento no
compartilhamento nas consultas e exames.
O
Sincotelba entende que a empresa tenta conseguir o dissídio coletivo, pois tem
medo de responder as perguntas encaminhadas ao TST. Além disso não quer abrir
as contas, inclusive os trabalhadores há anos não têm acesso ao balanço fiscal
da Postal Saúde. Tudo isso mostra o desespero de Guilherme Campos, pois quem
não deve não teme, a melhor forma de negociar com os trabalhadores é com
transparência. Não podemos votar no escuro, nem aceitar que seja imposto um
plano fora da nossa realidade financeira.
No
entanto a batalha não terminou. Se quiserem vencer, os trabalhadores irão
precisar de força, garra e muita disposição na luta contra a empresa e o TST.
Independência para lutar. Só a luta muda a vida.