Desde 1994, os Correios fazem de maneira exclusiva a distribuição de livros do Programa Nacional do Livro Didático(PNLD). Só no ano passado, foram entregues 172 milhões de livros em todo país. A própria Escola Nacional de Administração Pública (ENAP) destaca a atuação dos Correios e os ganhos obtidos a partir da assinatura do contrato em 1993. Somente 25% dos livros chegavam nas escolas antes do início do ano letivo e o restante era distribuído ao longo do ano. No meio do caminho, os problemas se embolavam, desde a não entrega pelo endereçamento errado, livros danificados e falta de controle do material distribuído. Com isso alunos e professores e o aproveitamento escolar eram prejudicados.
Com o contrato com os Correios, 100% dos livros são entregues antes do início do ano letivo, controle de qualidade no transporte com paletes padronizados, monitoramento das etapas do processo, atualização do endereçamento das escolas e fim das perdas de livros por mau condicionamento, transporte e armazenamento. Esse é o trabalho dos Correios, que pouco importa para o governo.
No último dia 31/03, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), iniciou a consulta com empresas do setor de entregas para avaliar a quebra do monopólio dos Correios na distribuição de livros didáticos para todo Brasil. A movimentação ocorre em meio aos planos de privatização dos Correios. Há 28 anos, os Correios comprovam que a educação pública se beneficia da capilaridade e do compromisso social assumidos pela empresa.
A entrega de livros didáticos envolve enorme desafio logístico. Se o monopólio de distribuição de livros didáticos for retirado dos Correios a população brasileira será prejudicada. Os livros chegam nas 140 mil escolas públicas em todos os 5.570 municípios. As empresas privadas têm e terão dificuldades de atender regiões mais isoladas.
Seja contrário a retirada do monopólio da distribuição do livro didático, não deixe que a povo seja penalizado.