A FENTECT não tem como papel principal mudar o voto do trabalhador. No entanto, algumas considerações precisam ser feitas para que a categoria fique atenta aos discursos na hora de escolher um candidato para presidir o Brasil. O momento é crucial e o país precisa da consciência em prol do desenvolvimento, assim como os Correios precisam de um representante nacional que seja legítimo e honre, de verdade, com o sentimento do patriotismo.
É preciso levar em consideração na hora do “confirma” que a estatal exerce um direito constitucional, levando a vários municípios a comunicação e a informação. São milhares de comunidades carentes que, sem os Correios, ficam também sem acesso a serviços bancários e outros tão necessários.
Extinguir uma estatal de mais de 350 anos é ferir com a dignidade do brasileiro que espera o minímo de retorno pelo cumprimento das obrigações sociais. Privatizar é tirar o emprego de muitas famílias que, bem ou mal, dependem do salário dos Correios e todos os outros benefícios que foram concedidos como uma moeda de troca até hoje, como o plano de saúde, o vale-alimentação, entre outros.
Discursar sobre o “estado necessário” pode confundir a cabeça de muitos cidadãos e fazer com que até mesmo trabalhadores entendam isso como a solução para os problemas que afetam a empresa. O que os Correios precisam é o fim da interferência e da ingerência política que ataca o financeiro e, consequentemente, o corpo da estatal.
Os problemas do país não podem recair sobre os ombros dos assalariados. Estão fazendo as contas erradas, querendo que o pobre pague o mesmo que o rico. Isso não contribuirá em nada com o fim da desigualdade e a má distribuição de renda. Décimo terceiro salário é direito, assim como o descanso de quem colaborou por tantos meses para o desenvolvimento do Brasil.
Privatização e extinção NÃO – Para criticar uma instituição é preciso conhecê-la e entendê-la. Empresas de características além do lucro, como a Petrobras, Eletrobras, Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal e os Correios não valem preço de banana. São estatais e empresas públicas intocáveis, patrimônio de cada brasileiro, que remontam a história do país, geram emprego e cidadania.
Portanto, a FENTECT pede cautela na hora do voto. Análise da conjuntura nacional; estudo da repercussão dos interesses no dinheiro gerado por essas empresas e pela privatização já realizada em outras; defesa dos direitos trabalhistas; empatia pela causa social e a importância dos programas sociais para tantas populações do Brasil esquecidas, defesa, ainda, do ser humano – negros, índios, homossexuais, mulheres, idosos etc – quando for pensar nos próximos quatro anos.
É muito importante estar atento, pois o próximo candidato eleito pode censurar a luta da categoria, calar as demandas dos trabalhadores, aprovar a extinção de cargos e os planos de demissão, privatizar os desejos de um futuro melhor e dar um fim ao ganha pão de mais de 100 mil ecetistas brasileiros.

Fonte: FENTECT

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