Segundo denúncias dos trabalhadores, alguns gestores estão obrigando os carteiros motociclistas a largarem as motos e dirigirem os carros dos Correios. Inacreditável! A cada dia que passa, a situação para os carteiros só piora, pois além da possibilidade da privatização, estão sofrendo com a ação de pessoas que não fazem jus ao cargo de gestão, mas que trabalham para a retirada de direitos e o sucateamento dos Correios.
Além de sofrerem com as péssimas condições do meio ambiente de trabalho, coronavírus, influenzas e sobrecarga de trabalho, os motociclistas, são pressionados pelos gestores a dirigirem as viaturas dos Correios sem portaria. Recentemente o Tribunal Superior do Trabalho (TST), decidiu que os motociclistas podem acumular o Adicional de Atividade, Distribuição e Coleta (AADC) e o adicional de periculosidade. Apesar de estarem cientes da informação, os Correios ainda não paga o AADC. Cada motociclista ou motorista deve ter uma portaria que autoriza a
utilização do automóvel ou motocicleta da ECT, dirigir veículo sem portaria tem pelo menos dois agravantes, em caso de acidente, ser acusado de utilização indevida e sem autorização. Além disso ao aceitar uma portaria de carro, sendo motociclista, o funcionário corre o risco de perder seu direito quando a justiça baiana determinar o pagamento cumulativo do AADC e adicional de periculosidade.
O gestor usa os manuais da ECT para advertir, punir e demitir funcionários, mas convenientemente esquece dos manuais quando quer que a sua vontade prevaleça. Motociclistas, não ceda a pressão, lembre-se, carro é carro e moto é moto. A gratificação de carro nem se compara com o 30% do AADC que a ECT está te negando. Cumpra as determinações de acordo com a sua função.
“A empresa só pensa em prejudicar os seus funcionários. Não devemos aceitar esta imposição. Cada um deve respeitar sua função de acordo com sua portaria. Exija do seu gestor portaria para conduzir os carros, se você for carteiro motorizado carro, e portaria para condução de moto, se você for motociclista”, alerta o diretor e carteiro motorizado, André Aguiar. Além disso, André ainda lembra: “Ninguém deve fazer nenhum acordo verbal com a chefia, pois a corda só parte do lado mais fraco”.
E em caso de dúvidas consulte o sindicato. Não abra mão de seu direito, não ajude a ECT a extinguir a função dos motociclistas, como aconteceu com a dos motoristas.