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Nos últimos dias, duas grandes unidades centralizadoras de cartas e encomendas dos
Correios pegaram fogo em diferentes estados. Embora a alta gestão adote o
discurso de crise na empresa, efetivamente não investe em segurança
patrimonial, resultado, aumento significativo no pagamento de indenizações.
Na
madrugada do dia 02/02, a cidade do Rio de Janeiro viu desaparecer o Centro de
Distribuição de Jacarepaguá consumido pelo fogo. Alguns dias depois, desta vez
no nordeste, outro incêndio, nas mesmas proporções, destruiu o prédio do
CTCE (Complexo de Triagem de Cartas e Encomendas) dos Correios de Fortaleza, no
Ceará. Parece que a alta gestão da empresa ainda
não aprendeu que o armazenamento de material inflamável requer a manutenção
constante dos equipamentos contra incêndio, o que não acontece na ECT. Lamentavelmente
já são quatro grandes unidades queimadas. Em 03 de janeiro de 2017, foi no Centro
de Operações dos Correios em Santarém/PA, em 18 de dezembro chamas consumiram o
galpão em Teresina/PI. Com a falta gritante da manutenção em suas unidades, qualquer
hora uma delas pode pegar fogo.
Ministério Público do
Trabalho atua, mas ECT descumpre determinação
Infelizmente o risco de um incêndio acontecer
em uma das unidades da Bahia é grande. A
empresa continua omissa, negligente e irresponsável com a manutenção dos seus prédios.
O Ed. Sede na Pituba é o pior exemplo disso. Depois de transferir parte do
operacional para o CCE na via Parafuso em 2016, nenhuma reforma foi feita. Com
isso os trabalhadores do administrativo, CDDs Sumaré e Boca do Rio, CEEs
Salvador e Comércio continuam apreensivos pelas condições precárias do
edifício.
Conforme
notícia veiculada no jornal A TARDE, em 27/07/2015, a prefeitura de Salvador havia embargado o prédio pela falta
de condições de meio ambiente de trabalho:
De acordo com o órgão, engenheiros realizaram uma vistoria no local e
detectaram que o imóvel “não possui condições de habitação e segurança” exigido
pela legislação municipal. Antes disso, um princípio de incêndio
assustou a todos, deixou o prédio sem eletricidade, elevador e com restrição
nos andares. Nem mesmo assim a diretoria da empresa reconheceu a situação
caótica da sede regional. Para qualquer outro administrador a ficha teria
caído. Infelizmente de lá para cá pouca coisa foi feito. Como paliativo, foram resolvidos apenas as reformas
estruturais nas tubulações de água, isolamentos elétricos do barramento e no
sistema de proteção de descarga atmosférica. De longe é possível ver a
necessidade de recuperação das fachadas de concreto, depois de muitos anos com
uma rede de proteção, já houve uma contenção de madeira e agora um gradil impede
os clientes e funcionários receberem um pedaço de concreto na cabeça. Além
disso, as instalações elétricas e de proteção contra incêndio estão danificadas.
Nem
mesmo a denúncia do Sincotelba no Ministério Público do Trabalho (MPT) que
impôs multas altíssimas por descumprimento das obrigações, foi capazes de
sensibilizar a gestão para a necessidade de solucionar os problemas. A última
vistoria realizada pelo MPT com acompanhamento do Sincotelba no Ed Sede e AC
Dias d’Ávila constatou que o acordo não foi
cumprido no processo PAJ
001237.2015.05.000/0 e Ação Civil Pública 0000566-47.2015.5.05.0037.