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SEM ACORDO – Intransigência da ECT trava negociação e greve é mantida em todo Brasil

SEM ACORDO – Intransigência da ECT trava negociação e greve é mantida em todo Brasil

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Foto FENTECT

 Representantes dos trabalhadores e dos Correios se reuniram,
 ontem (03.05), em Brasília para mais uma
rodada de debates sobre as reivindicações da categoria. A reunião de mediação
foi presidida pelo ministro vice-presidente do Tribunal Superior do Trabalho
(TST),  Doutor Emmanuel Pereira. O
magistrado afirmou ser favorável à greve, como instrumento de pressão legítimo.

Por outro lado, a também ministra do TST, doutora  Maria Cristina Peduzzi optou pelo entendimento
de exigir retorno de 80% do efetivo em greve aos postos de trabalho. A decisão
foi emitida por liminar com multa de R$ 100mil, por dia, em caso de
descumprimento.    

“Não é negócio para ambas as partes. Fiz a proposta sem nem
ouvir os Correios porque achei que estava na hora de acabar com o cabo de
guerra”, destacou a magistrada.

Para o Secretário Geral da Fentect, José Rivaldo, o momento
é de intensificar a luta em defesa dos nossos direitos.  

Para tentar
desencorajar os funcionários
e, dessa forma, subtrair garantias históricas conquistadas
em luta, a direção da estatal cai em contradição. Segundo divulgou à imprensa,
em 28.04, a ECT afirmou que, apenas, 13%
do efetivo está em greve. No entanto, recorreu ao TST para exigir liminar que
garanta  retorno de 80% do efetivo ao
trabalho.
 

Para os representantes dos trabalhadores, a melhor proposta é
a manutenção do que foi acordado no ACT e não judicializar a discussão do plano
de saúde e a suspensão das férias.

PROPOSTAS

A direção dos Correios, reapresentou a proposta de
parcelamento de férias em 5 vezes com teto de R$ 3,5 mil já rejeitada em
assembleias pelo país.  Dessa vez a
empresa tentou manobrar ampliando o cancelamento de férias até dezembro, somente,
se os sindicatos que ganharam, na justiça, o direito  de gozo cancelassem o processo.

Durante a mediação, a representação dos trabalhadores, ao
ser ouvida pelo ministro, denunciou problemas como o plano de saúde, a falta de
segurança nas agências e ameaças de demissões. Ressaltaram que a luta não é por
dinheiro, mas condições dignas para a categoria. “Não perdemos a
capacidade de negociação, mas não vamos aceitar assumir as contas do plano de
saúde e do fundo de pensão da empresa”, esclareceu o secretário-geral da
FENTECT, José Rivaldo da Silva.

Uma reunião iniciada às 11h de hoje (04/05) no Tribunal
Superior do Trabalho (TST), em Brasília, pode-se chegar a um acordo. Participam
do encontro representante da Federação Nacional dos Trabalhadores dos Correios
– FENTECT , líderes sindicais e o presidente da empresa, Guilherme Campos.   

Os representantes denunciaram o descumprimento da ECT de
atas assinadas pelo próprio presidente dos Correios, Guilherme Campos. Além
disso, os gastos exorbitantes da empresa, como o repasse à União de R$ 6
bilhões e a conta errônea do pós-emprego. “Parte do prejuízo que a ECT
alega é atuarial, ou seja, não significa que vão retirar da empresa agora.
Estamos dispostos a discutir como melhorar o caixa dos Correios e os serviços à
comunidade”, reafirmou o secretário-geral.

 

A FENTECT vai encaminhar o informe a todos os sindicatos,
para posterior análise nas assembleias da categoria.

 

 

Fonte: FENTECT

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