Em 2017 os Correios implantou o uso de smartphones para garantir agilidade nas entregas das encomendas. Além do aumento do assédio moral dos gestores sobre os trabalhadores, e da monitoração através do GPS, os smartphones começaram apresentar problemas: baterias com pouca durabilidade, inchadas, superaquecidas e o pior de tudo falha na conexão. Os objetos não são baixados em tempo real, causando sérios problemas para os carteiros.
Para piorar, os gestores estão orientando os carteiros a colocarem Código 19 (objeto mal endereçado) para as encomendas que não foram entregues, por excesso de trabalho (horário esgotado). Quando o funcionário coloca o correto (Código 46 – entrega não efetuada) são ameaçados a serem retirados da função ou dos trabalhos aos sábados e ainda os são ameaçados a responderem Termo de Informação.
O Sincotelba vai procurar a SE/BA em busca de esclarecimento sobre como os funcionários devem proceder – aplicar a código 46 de acordo com os manuais ou colocar o código 19 para justificar o resto da unidade.
A orientação do sindicato é que os trabalhadores sigam os manuais e não cedam à pressão dos gestores. Os objetos devem ser baixado na porta do cliente, não deixando para fazer isso dentro da unidade. No caso de ausente, registrar na porta do cliente. Caso o objeto tenha logradouro irregular, o carteiro deve fazer o registro da devolução na rua em que se encontra o objeto. Lembre-se, o GPS estar registrando o seu percurso.
Vale ressaltar que o trabalhador não deve colocar o aparelho em modo avião ou sair com equipamento com defeito e, jamais anotar informações inverídicas, pois se houver reclamações por parte do cliente quem responderá é o carteiro e não o gestor. Em caso de falha de conexão no momento da entrega, o carteiro deve anotar o horário/local que ocorreu o problema e notificar por escrito a gestão (guarde a sua cópia). Persistindo a falha denuncie ao sindicato que tomará providencias junto a SE/BA.