Arquivo/Sincotelba
O estágio crítico na qualidade dos serviços dos Correios em Alagoinhas, cidade localizada a 110 km da capital baiana, é o reflexo da falta de compromisso da direção da estatal em todo o estado da Bahia.
Há muito tempo deixaram de ser prioridades para a ECT: cumprimento de prazo nas entregas de encomendas, contratação de efetivo para suprir a demanda operacional e reforma nas unidades, além do cumprimento dos dispositivos legais e respeito aos clientes. Só no Centro de Distribuição Domiciliária Alagoinhas, a falta de mão de obra, no primeiro semestre de 2016, ultrapassa a cifra de 10 (dez) funcionários. O mau cheiro decorrente da falta de funcionário para fazer a limpeza, falta de climatização, pisos irregulares, rachaduras e fiações expostas agrava ainda mais o caos na cidade. Enquanto isso, a ECT que desembolsa quase R$ 1 milhão no aluguel de um prédio terceirizado na Via Parafuso, em Salvador, argumenta não ter dinheiro.
Por conta disso, a população prejudicada reage com ameaça de agressões físicas e psicológicas a carteiros e atendentes comerciais. Na última quarta-feira (08.06), os diretores Edvaldo Pereira e Ismael Costa representando o Sincotelba, ouviram os(as) trabalhadores(as), distribuíram carta aberta nas sinaleiras do município e denunciaram, através da imprensa local, os desmandos da ECT rumo à privatização daquela que já foi a mais confiável empresa brasileira.
Atraso na reforma
O projeto de reforma e ampliação na agência do município, anunciado pela ECT, em 2015, após interdição da Defesa Civil, solicitada pelo Sincotelba, sequer saiu do papel. As providências sinalizadas pelo Sincotelba para os problemas do CDD e AC através dos ofícios 00128/02/2015, 677/07/2015, 690/08/2015, 01029/11/2015 e 01030/11/2015 não foram feitas. Portanto, a entidade sindical está tomando todas as tentativas de sanar os problemas. Se a ECT não apresentar as soluções para as questões apresentadas, Alagoinhas vai parar por tempo indeterminado.