Os empregadores estão por trás das campanhas antisindicais, promovidas para desmoralizar os trabalhos das entidades. Contra isso, a FENTECT esclarece a importância dos sindicatos
Quando o trabalhador está acoado e não consegue solução para determinados problemas, ele tem onde recorrer. A ajuda vem de seus representantes, democraticamente eleitos em congressos. Com voz perante a lei, devidamente credenciados, capazes de realizar denúncias junto à Delegacia Regional do Trabalho, à Procuradoria do Trabalho, Justiça do Trabalho, ou outro órgão onde seja necessário, são os sindicatos que atendem seus filiados, mas não somente esses.
A FENTECT, representante nacional e legítima dos trabalhadores dos Correios, tem 32 sindicatos filiados por todo o País. Eles constroem atividades e tomam ações em conjunto com cada empregado da ECT, mas também com as demais entidades que enfrentam as dificuldades da categoria. A estabilidade e permanência desses sindicatos é que garantem àqueles que querem ou já aderiram à luta, a união, segurança, as conquistas, o debate de frente, a resistência, bem como os benefícios.
As críticas aos representantes e aos investimentos necessários, tendo em vista o custeio das atividades para manutenção dos direitos, como nas negociações de Acordos Coletivos, são alienadas. Para provar a legitimidade das ações, há, ainda, as prestações de contas. O trabalho dentro das entidades é organizado, separados por diretorias e cargos, que tratam devidamente de cada caso exposto por cada trabalhador. Não se trata apenas de um trabalho por interesses próprios, muito pelo contrário, a obrigação dos sindicatos tem como base os interesses individuais e coletivos da base.
Conforme as mudanças na sociedade, os sindicatos não estagnaram. Uma luta antes por questões apenas econômicas, atualmente vai além, e prevê as necessidades dos cidadãos, em geral. A política segue comprometida com o desenvolvimento social. No caso dos Correios, com o respeito aos clientes e de que maneira melhorar o atendimento. Entre as bandeiras da categoria está manter o caráter público de prestação de serviços da ECT, por longos anos, reconhecidamente, uma das maiores estatais do país.
Legítima e histórica
Desde a época da revolução industrial, a classe de trabalhadores, cada vez mais frágil e explorada, em contrapartida, começou a perceber os avanços dos direitos trabalhistas, sociais e previdenciários. Com toda a desconstrução da sociedade, passa a ser essencial o diálogo entre sindicatos, governo e empregadores, para solucionar os desafios das classes de trabalhadores, os conflitos individuais e coletivos e, consequentemente, melhorar a produção, aliada à segurança e à saúde ocupacional de cada trabalhador.
No Brasil, o primeiro jornal operário já datava de 1908, conhecido por A Voz do Trabalhador, com tiragem de 4 mil exemplares, bem na virada do século. Foi lançado pela Confederação Operária Brasileira, primeira organização nacional para o avanço do movimento operário brasileiro. E a luta começou antes com uma nova metodologia de organização do trabalho operário, com as chamadas “rodas de prosa”, por exemplo.
O sindicalismo nasceu na época do presidente Getúlio Vargas, ainda na década de 1930, quando da criação do Ministério do Trabalho e, também, da legalização dos sindicatos urbanos. Vem daí o reconhecimento das entidades, o avanço das atividades sindicais no Brasil.
As principais conquistas surgem da organização dos trabalhadores. Grande parte dos direitos, como seguro-desemprego, jornada de trabalho, piso salarial e outros direitos ampliados, previstos em leis, são prerrogativas dos sindicatos. Destaca-se que esses não existiriam, no entanto, sem trabalhadores, que precisam estar atentos às convocações, participar e mostrar a força da categoria nas diferentes lutas, sejam nas reuniões com a empresa e o governo, sejam nas greves ou assembleias.
Do contrário, sem os sindicatos e as representações nacionais dos trabalhadores, não haveria contestação ao imposto pelo empregador e o governo, a luta individual seria ainda mais árdua, sem avanços para a coletividade.
“A essência do conhecimento consiste em aplicá-lo, uma vez possuído.”
(Confúcio – 551 a.C. – 479 a.C.)
Informações cedida pela FENTECT