58,7 mil smartphones para carteiros, foi o tamanho da licitação feita pelos Correios em 2017. Um empurrão tecnológico para garantir agilidade na entrega das encomendas. O rastreamento é feito em tempo real, atualizando o passo a passo da encomenda na rua, sem depender dos terminais computadorizados das agências ou centros de distribuições.
O sonho já realizado dos Correios, tornou-se o pesadelo dos carteiros. Além da monitoração através do GPS, aumentou ainda mais a opressão sobre os trabalhadores, estabelecendo metas absurdas, abriu-se assim as portas para perseguição por baixa produtividade.
Apesar de investir em telefonia através da venda de chips, os smartphones utilizados pelos carteiros usam o chip de outra operadora, travam e apagam do nada, deixando os trabalhadores sem qualquer condição de continuar o trabalho e os clientes sem a informação real.
Na prática, os carteiros foram para as ruas sem qualquer treinamento, pois a ECT desconsiderou que os empregados mais velhos têm dificuldades com as novas tecnologias. Apesar de contar com instrutores nos seus quadros, o “treinamento” se limitou a simples instruções passadas pelos supervisores. Com isso alguns trabalhadores estão sendo constrangidos diante de alguns colegas por não saberem usar o equipamento informatizado. Adultos mais velhos ainda são capazes de aprenderem novas habilidades, porém demoram mais tempo do que os jovens e exigem mais prática e apoio ambiental. É essencial que haja treinamento adequado.