Ontem (12), no Tribunal Superior do Trabalho (TST), após o resultado do julgamento do plano de saúde, a batalha pelo benefício, embora não tenha obtido resultado satisfatório para a categoria, também não foi plenamente a favor da ECT, que tentou a todo custo excluir os pais e impor a paridade ao plano. Entretanto, a tarde foi controversa, com uma decisão que passou acima da jurisdição do tribunal e marcada pela contratação duvidosa pela ECT, sem licitação, de um advogado ligado afetivamente a um ministro do TST, por R$ 2,8 milhões, para uma fala de apenas 10 minutos. Mais gasto indevido, em meio ao déficit que a direção dos Correios insiste em divulgar.
Orientação
Diante desse quadro, a FENTECT orientou pela volta ao trabalho nesta quarta-feira (14), mantendo o estado de greve nos estados da Federação.
Toda a postura da gestão da estatal demonstra a incompetência administrativa, na tentativa de acabar com o caráter social da empresa, buscando a sustentabilidade com base apenas no lucro. Enquanto isso, estão precarizando os Correios, sem investir em mais empregos, promovendo demissões incentivadas e sobrecarregando quem se encontra na ativa. Logo, esses mesmos trabalhadores sobrecarregados podem sofrer as consequências da intransigência da ECT e do TST ao buscarem assistência médica. Essas medidas de sucateamento demonstram a intenção clara de privatizar a empresa, ou seja, vender os Correios.
A FENTECT repudia a manobra adotada pelos Correios em levar a julgamento a cláusula 28 do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST), que tratou o processo como dissídio de greve, quando o assunto da mobilização de abril de 2017 já havia sido encerrado na mesma casa, no último ano.
Agora, as representações vão se debruçar sobre os meios mais eficazes para tentar sanar os problemas que a diretoria da ECT está causando aos trabalhadores, buscando a ajuda de outros órgãos, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e a Organização Internacional do Trabalho (OIT). A intenção é denunciar o julgamento dessa segunda-feira, com base em todos os recursos necessários.
Internamente, a FENTECT vai preparar o Congresso Nacional, que será realizado entre os dias 31 de maio e 2 de junho, rumo à campanha salarial da categoria, para a construção do Acordo Coletivo de Trabalho 2018-19. Até lá, os trabalhadores, em estado de greve, podem fazer mais paralisações, a qualquer momento, em caso de novos ataques da empresa.
FONTE: FENTECT