O Sincotelba na série privatização não é a solução, lança um olhar sobre a Telebrás, privatizada em 1998.
No governo de Fernando Henrique Cardoso (1995-2002) foi criado o Conselho Nacional de Desestatização para acelerar o processo de privatização de empresas públicas no país. E foi em 1998, que acompanhado de muitas promessas tais como livre concorrência, ampliação do acesso aos serviços, barateamento das tarifas, redução da dívida pública, avanço tecnológico e um ótimo serviço para todos, que aconteceu a privatização do setor de telecomunicações. O sistema Telebrás era a quinta melhor empresa do mundo no setor, era altamente eficiente e gerava muito lucro para o cofre público da união, mas infelizmente foi vendida por 19 bilhões (valor insignificante para o lucro que ela gerava).
Passados 22 anos, a promessa não foi cumprida e o resultado não podia ser outro: o endividamento do Estado brasileiro saltou, aumento do desemprego, precarização do trabalho e do serviço, encarecimento das tarifas (hoje o Brasil tem a tarifa mais cara do mundo) e a área de abrangência foi reduzida. Não podemos deixar de falar ainda que o sistema de telecomunicação é líder de reclamações nos órgãos de defesa do consumidor. Isso prova que a privatização não é a solução e não garante benefícios à população, tais como redução dos preços e qualidade nos produtos, é uma falácia que precisa ser desmentida.
Se privatizar os Correios será mais uma história que vai se repetir. O lucro bilionário de 2020, dos Correios, deixa claro que o problema da empresa é apenas a falta de gestão adequada. Entre na luta e vamos defender o nosso patrimônio.