Depois da implantação da Distribuição Domiciliar Alternada (DDA), muitos trabalhadores estão sofrendo agressões físicas e verbais de clientes que estão irritados com os atrasos na entrega das correspondências. Uma verdadeira maquiagem no sistema acontece em todo o Brasil e aqui na SE/BA não é diferente.
A falta de efetivo, aliada aos atrasos na Linha de Transporte Regular (LTR), têm sido a causa de muitas dores de cabeças nas unidades, pois para manter os prazos contratuais, os objetos qualificados têm prioridade sobre os simples e assim começa a maquiagem do sistema. Sob a desculpa de zerar a carga qualificada, os objetos simples ficam acumulados nas unidades, escondendo a real situação e garante que “sejam alcançados os índices de produtividade”. O pior é que ao não saírem para a entrega, não são lançados no Sistema de Gerenciamento de Dados Operacionais (SGDO) e também não entram como resto da unidade.
Além disso, quando os carteiros retornam do serviço externo, por não conseguirem entregar todos os objetos qualificados, obrigatoriamente deveriam lançar no SGDO o código 46 (entrega não efetuada). Surpreendentemente a “orientação” dos gestores é pelo não lançamento, sob a ameaça de responder Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), Solicitação de Defesa (SID) e rebaixamento na avaliação do Gerenciamento de Competências e Resultados (GCR). Tudo isso em nome da manutenção dos indicadores diários da Gestão. O Sincotelba orienta aos associados que passarem pelo constrangimento na sua baixa, peça ao gestor da unidade orientação por escrito. Não camufle o sistema, lembre-se, a matrícula que os objetos estão lançados é a que será responsabilizada por qualquer problema.
No final, a população se mostra insatisfeita com os serviços dos Correios. Será que isso não é uma estratégia da alta gestão para a quebra do monopólio e assim justificar a privatização dos Correios?