Em reunião com TST, ECT se nega a pagar adicional de periculosidade aos motorizados
No dia 4 de março, foi realizada a terceira reunião de conciliação com o TST sobre o Adicional de Periculosidade para os carteiros motorizados. Estavam presentes representantes da Fentect, o Vice-Presidente do TST, Ives Gandra, e membros da direção dos Correios.
Na reunião, a empresa não aceitou a proposta que o TST elaborou na audiência anterior, que aconteceu no dia 21 de janeiro. Na ocasião, o Tribunal reconheceu o direito dos motorizados e apresentou uma nova proposta
que manteria a retirada de direitos, onde os motorizados passassem a receber o adicional de periculosidade, o AADC, porém a “gratificação de função convencional” seria reduzida em torno da metade do valor pago como
adicional de periculosidade.
A Direção da maior estatal do Brasil afirmou que para cumprir esta proposta teria que desembolsar pouco mais de R$ 2 milhões na sua folha de pagamento, e que por isso não havia possibilidade de aceitar a proposta do TST.
Enquanto a ECT alega que não tem R$ 2 milhões para garantir um direito dos trabalhadores, a empresa:
– Aplicou R$300 milhões no projeto de privatização dos Correios: o CorreiosPar S.A.
– Disponibilizou R$300 milhões para as Olimpíadas.
– Gastou R$42 milhões com a nova logomarca.
– Pagou R$60 mil de REMUNERAÇÃO VARIÁVEL para os altos Gestores e Assessores Especiais.
Uma vez que a ECT não aceitou a proposta do Tribunal Superior do Trabalho e não houve nenhum acordo entre as partes, a contestação dos trabalhadores segue para análise e parecer do Ministério público, e, em seguida, segue concluso para julgamento. Vale ressaltar que o AADC pago hoje é um benefício aos trabalhadores que estão diretamente expostos às questões climáticas; ataques de cães; clientes mal humorados e violência urbana em suas atividades diárias. Já o Adicional de Periculosidade para o Carteiro Motorizado é um benefício para os trabalhadores que estão diariamente expostos à violência no trânsito, uma vez que sua ferramenta de trabalho é a motocicleta.
Logo que for agendada a audiência de julgamento, informaremos aos trabalhadores no site, Facebook e nos grupos de whatsapp do Sincotelba. Vamos continuar de olho e nos posicionar de maneira firme contra qualquer proposta que retire ou rebaixe direitos dos trabalhadores!
Fonte: SintectPr
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DIRETORIA DE RELAÇÕES PÚBLICAS
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