Depois de uma intensa discussão o Tribunal Superior do Trabalho (TST), anunciou no dia 22/02, em audiência de conciliação pelo plano de saúde dos trabalhadores dos Correios uma nova proposta para a categoria. Como era de se esperar, o tribunal manteve o que foi proposto pelo ministro Emmanoel Pereira, em 2017: retirar pais e mães do plano, cobrança de mensalidade e coparticipação. Em relação ao custeio, a proposta diz que 75% ficaria a cargo da ECT e 25% seria custeado pelos trabalhadores.
Ele também propõe uma regra de transição para pais e mães que estejam em tratamento médico. Esses permaneceriam no plano até a alta médica. Os pais e mães excluídos, e os que tiverem alta médica, poderão aderir a um Plano Alternativo a ser criado, mas que teria um custo adicional para o trabalhador, sendo que este valor ainda não foi definido.
Não podemos cruzar os braços e esperar o pior acontecer. É preciso lutar em defesa de nossos direitos. Todas essas mudanças no plano de saúde têm como objetivo que os trabalhadores paguem as contas dos erros da má gestão da empresa, que insiste em um déficit contraditório. O pagamento de mensalidade é inviável para os trabalhadores. Os dados reais da situação, tanto dos Correios quanto da Postal Saúde, continuam desconhecidos para a categoria.
A Comissão Paritária de Saúde, instituída em 2016, apresentou propostas de melhorias para o plano, mas a estatal não deu encaminhamento a nenhuma delas, preferindo recorrer ao TST e colocar em prática a retirada de direitos. O presidente dos Correios, mais uma vez, tentou iludir com o discurso de que o plano de saúde piora ainda mais a situação da empresa, esquecendo-se de mencionar que o grande culpado pelo déficit que ele diz existir na ECT, são da má gestão.
Os trabalhadores tem o prazo de 10 dias, a contar do dia 26/02 para decidir se aprova ou não a proposta. Participe da assembleia e venha defender os seus direitos.