As representantes de todo o país debateram alguns temas e aprovaram as demandas da categoria feminina para compor a Pauta Nacional de Reivindicações. No debate, além do tema sobre a violência contra a mulher e o feminicídio que tem crescido assustadoramente, foi abordado a questão da agressividade dos Clientes, que por não serem esclarecidos sobre as causas dos atrasos das encomendas, acabam culpando os funcionários e descarregando neles seus descontentamentos.
Segundo a secretária da pasta das Mulheres da Fentect, Lucila Correia, mais importante que a oratória, é necessária uma postura aberta para a resolução de problemas, pois o desafio é maior para quem está frente a frente com o cliente. As mulheres foram enfáticas em pedir que os sindicatos e a Fentect faças cartas abertas para serem distribuídas à população, contanto todo o drama da precarização dos Correios.
“Quando um carteiro diz ‘eu estou limitado a fazer isso’, o cliente entende ‘você não quer fazer ou está com preguiça’. A máxima do marketing prega que o cliente sempre tem razão e o cliente sempre espera que estejamos 100%”, argumentou Lucila. O importante, entretanto, é os trabalhadores não reagirem na mesma proporção em que são tratados. Críticas e reclamações também podem servir de incentivo para as melhorias, e nesse caso, cabe à direção da ECT a solução dos problemas. Além disso, é preciso muito cuidado, pois alguns clientes podem agir com violência e machucar moralmente ou fisicamente os funcionários.
As práticas antissindicais da ECT foi um tema que afligiu as trabalhadoras, pois os relatos de assédio fizeram muitas derramarem-se em lágrimas diante das lesões provocadas pelos gestores de várias partes do país, o que se conclui é que o assédio nos Correios é institucionalizado. As mulheres aprovaram a pauta de negociação e fizeram encaminhamentos de moções de repúdios contra os assédios cometidos pelos gestores.